Chegamos a Lisboa ainda cedo, logo tocou o telemóvel, era da agência de viagens a darem-nos as boas vindas e para nos entregarem alguma documentação nomeadamente já o Check in feito, apenas teríamos d...
e fazer o embarque e entregar as malas de porão, não primeiro sem plastificarmos todos os sacos de viagem porque a isso eramos obrigados.
Um pouco mais tarde, ligou-nos a Madre superiora de Linda a Pastora, Irmã Maria de Lurdes, não só se vinha despedir de nós, como agradecer toda a dedicação do grupo a esta tão nobre causa e ao mesmo tempo pedir para levarmos alguns documentos para entregar em mão em Maputo.
A boa disposição perdurava, como que a tentarmos esquecer a árdua viagem que ainda nos esperava, tentávamos dormir mas não conseguíamos os pensamentos de momentos recentes eram mais fortes e traziam alguma mágoa, era a família que ficava para trás, o recordar de dificuldades, depois de entramos na zona internacional, a nossa inquietude era cada vez maior, chamávamos a atenção pela farda que nos prezávamos de vestir e do ideal que servíamos, alguns curiosos olhavam-nos, pensando para com os seus botões que iriamos nós fazer a Moçambique, bem na verdade se calhar nem nós sabíamos muito bem, tínhamos um sonho e estávamos perto de o concretizar, mas íamos para uma terra desconhecida e alguns medos nos assolavam. A dureza de quase 11 horas de viagem no avião da TAP com a qualidade reconhecida mundialmente a simpatia e até a curiosidade da nossa missão, íamos falando com um brilhozinho nos olhos do que nos levava a Moçambique e distribuindo alguns livros “ Flauta Partida”, e falando do nosso projeto de voluntariado e solidariedade, nenhum de nós estava preparado para tão longa viagem, enquanto uns dormitavam, o leve ressonar de outros, o Zé Maria devorava um livro e ia escrevendo algumas notas sobre a viagem, os mais audaciosos dedicavam-se a uma jogatina de cartas, a alimentação, diga-se que para quem conhece o Catering, nem era mau, mas em nada se compara a um bom cozido á Portuguesa ou uma bela Feijoada, por fim o tão desejado anuncio do comandante a informar que dentro de minutos aterraríamos no aeroporto internacional de Maputo, olhávamos o horizonte e as belezas daquele mar, á saída do avião sentíamos alguma curiosidade de como seriamos recebidos, que dificuldades teríamos com as autoridades, era para nós um ambiente desconhecido as pessoas olhavam-nos com curiosidade, também alguns receios da nossa parte que com palavras ou gestos pudéssemos melindrar as pessoas, ao sairmos para o hall, logo fomos rodeados por irmãs Franciscanas que com um carinho especial nos receberam, as autoridades até nem foram tão rígidos como esperávamos, em tom de brincadeira perguntavam para onde íamos e quanto tempo vínhamos, quando lhes dizíamos que íamos para Gurué, logo respondiam que devíamos fazer a viagem de autocarro, mas ai demoraria todo o tempo da estadia neste País.
Já no parque do aeroporto que andava em obras, feitas com capital chinês, afinal não é só em Portugal que os chinocas investem já um mini autocarro nos esperava e um Jeep, para levar a bagagem, eram velhinhos mas estavam bastante bem conservados, aquilo que teria capacidade para 15 pessoas levava 21 mais alguma bagagem, só faltava mesmo as galinhas e hortaliça, como tudo era tão diferente e pitoresco do transporte que utilizamos em Portugal, com ar condicionado, aqui apenas os vidros abertos faziam correr alguma aragem e sentirmos o cheiro característico do amontoado de bairros de lata que íamos passando. Poucas pessoas circulavam na estrada neste anoitecer do primeiro dia em África.
Era uma confusão de todo o tamanho, a condução era feita do lado contrário, as estradas lembravam um pouco as das nossas aldeias, um pouco mais esburacadas, de vez enquanto lá aparecia uma lomba e os buracos, bem esses eram mais que muitos mais parecia um queijo suíço num alcatrão já gasto pelo tempo. Por fim chegamos á missão Igreja São José de Nhenhamane, já estava escuro embora apenas fossem 20 horas, foi neste local que estas mulheres simples de Deus nos receberam e deram muito do pouco que tinham, estávamos cansados, mas a felicidade da Irmã Cecília fazia-nos ganhar novas energias. Meu Deus, como se sentiam felizes, aqueles que nos acolhiam neste primeiro dia em terras de moçambique, partilhando connosco a refeição, não foi muito, mas foi bom em especial a fruta. Por fim o aconchego e descanso numa cama e as melgas por companhia, cada um de nós deitava mão ao que tinha, fosse repelente, aparelhos elétricos, velas e até as famosas folhas de eucalipto que o chefe Costa trazia na sua bagagem, mas mesmo assim não escapamos a algumas picadelas, bem o Zé Maria, não sei se foi melga ou leão a verdade é que tinha uma grande mordedura e já a infecionar, lá tivemos de deitar mão á farmácia de serviço e as mãos das nossas enfermeiras do grupo.
Um pouco mais tarde, ligou-nos a Madre superiora de Linda a Pastora, Irmã Maria de Lurdes, não só se vinha despedir de nós, como agradecer toda a dedicação do grupo a esta tão nobre causa e ao mesmo tempo pedir para levarmos alguns documentos para entregar em mão em Maputo.
A boa disposição perdurava, como que a tentarmos esquecer a árdua viagem que ainda nos esperava, tentávamos dormir mas não conseguíamos os pensamentos de momentos recentes eram mais fortes e traziam alguma mágoa, era a família que ficava para trás, o recordar de dificuldades, depois de entramos na zona internacional, a nossa inquietude era cada vez maior, chamávamos a atenção pela farda que nos prezávamos de vestir e do ideal que servíamos, alguns curiosos olhavam-nos, pensando para com os seus botões que iriamos nós fazer a Moçambique, bem na verdade se calhar nem nós sabíamos muito bem, tínhamos um sonho e estávamos perto de o concretizar, mas íamos para uma terra desconhecida e alguns medos nos assolavam. A dureza de quase 11 horas de viagem no avião da TAP com a qualidade reconhecida mundialmente a simpatia e até a curiosidade da nossa missão, íamos falando com um brilhozinho nos olhos do que nos levava a Moçambique e distribuindo alguns livros “ Flauta Partida”, e falando do nosso projeto de voluntariado e solidariedade, nenhum de nós estava preparado para tão longa viagem, enquanto uns dormitavam, o leve ressonar de outros, o Zé Maria devorava um livro e ia escrevendo algumas notas sobre a viagem, os mais audaciosos dedicavam-se a uma jogatina de cartas, a alimentação, diga-se que para quem conhece o Catering, nem era mau, mas em nada se compara a um bom cozido á Portuguesa ou uma bela Feijoada, por fim o tão desejado anuncio do comandante a informar que dentro de minutos aterraríamos no aeroporto internacional de Maputo, olhávamos o horizonte e as belezas daquele mar, á saída do avião sentíamos alguma curiosidade de como seriamos recebidos, que dificuldades teríamos com as autoridades, era para nós um ambiente desconhecido as pessoas olhavam-nos com curiosidade, também alguns receios da nossa parte que com palavras ou gestos pudéssemos melindrar as pessoas, ao sairmos para o hall, logo fomos rodeados por irmãs Franciscanas que com um carinho especial nos receberam, as autoridades até nem foram tão rígidos como esperávamos, em tom de brincadeira perguntavam para onde íamos e quanto tempo vínhamos, quando lhes dizíamos que íamos para Gurué, logo respondiam que devíamos fazer a viagem de autocarro, mas ai demoraria todo o tempo da estadia neste País.
Já no parque do aeroporto que andava em obras, feitas com capital chinês, afinal não é só em Portugal que os chinocas investem já um mini autocarro nos esperava e um Jeep, para levar a bagagem, eram velhinhos mas estavam bastante bem conservados, aquilo que teria capacidade para 15 pessoas levava 21 mais alguma bagagem, só faltava mesmo as galinhas e hortaliça, como tudo era tão diferente e pitoresco do transporte que utilizamos em Portugal, com ar condicionado, aqui apenas os vidros abertos faziam correr alguma aragem e sentirmos o cheiro característico do amontoado de bairros de lata que íamos passando. Poucas pessoas circulavam na estrada neste anoitecer do primeiro dia em África.
Era uma confusão de todo o tamanho, a condução era feita do lado contrário, as estradas lembravam um pouco as das nossas aldeias, um pouco mais esburacadas, de vez enquanto lá aparecia uma lomba e os buracos, bem esses eram mais que muitos mais parecia um queijo suíço num alcatrão já gasto pelo tempo. Por fim chegamos á missão Igreja São José de Nhenhamane, já estava escuro embora apenas fossem 20 horas, foi neste local que estas mulheres simples de Deus nos receberam e deram muito do pouco que tinham, estávamos cansados, mas a felicidade da Irmã Cecília fazia-nos ganhar novas energias. Meu Deus, como se sentiam felizes, aqueles que nos acolhiam neste primeiro dia em terras de moçambique, partilhando connosco a refeição, não foi muito, mas foi bom em especial a fruta. Por fim o aconchego e descanso numa cama e as melgas por companhia, cada um de nós deitava mão ao que tinha, fosse repelente, aparelhos elétricos, velas e até as famosas folhas de eucalipto que o chefe Costa trazia na sua bagagem, mas mesmo assim não escapamos a algumas picadelas, bem o Zé Maria, não sei se foi melga ou leão a verdade é que tinha uma grande mordedura e já a infecionar, lá tivemos de deitar mão á farmácia de serviço e as mãos das nossas enfermeiras do grupo.
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