quinta-feira, 21 de abril de 2011

Moçambique que vi e ouvi

 


 

 
“Não há problema” e “está tudo bem” são expressões que ouvi muitas vezes durante quatro semanas. A realidade é bem diferente. Saúde, habitação, má alimentação, pobreza, vias de comunicação, são problemas reais de Moçambique.

O salário mínimo de um trabalhador não qualificado é de 2200 meticais, equivalente a mais ou menos 57 euros, por mês. Há quem receba 900 e até 500. Ao passo que um litro de leite pode custar 55 meticais, um quilo de arroz do mais barato 14, um livro escolar 570.

Dez horas é o tempo gasto a percorrer os cerca de 400 quilómetros que separam Cuamba de Nampula, em carrinhas com tracção às quatro rodas. Em tempo de chuvas pode demorar muito mais. Para apanhar uma estrada alcatroada é preciso desviar do caminho e fazer mais 100 quilómetros. Deslocações de avião, só para estrangeiros ou uma minoria de moçambicanos.

A cidade de Cuamba, com 56800 habitantes, não tem uma única estrada alcatroada. Nesta cidade está a funcionar a Faculdade de Agronomia da Universidade Católica de Moçambique. A cidade está situada no distrito com o mesmo nome, na província do Niassa, norte de Moçambique.

Doença do século, como é aqui designada, a Sida mata a eito e deixa muitas crianças órfãs e seropositivas. Mas também a malária e a cólera matam. O hospital ou o centro de saúde, muitas vezes ficam longe e não há dinheiro para os medicamentos.

A maior parte dos alunos para estudar e fazer os trabalhos de casa tem que ir à biblioteca, único sítio onde há livros escolares. Nas aulas só cadernos para tirar apontamentos. Em Entre-os-Lagos, localidade próxima da fronteira com o Malawi, na escola secundária, os alunos assistem às aulas sentados no chão. Não há cadeiras nem mesas.

Outro grave problema é a má alimentação que dificulta a aprendizagem, para não falar das distâncias que algumas crianças e jovens percorrem a pé para irem à escola. O transporte é caro, mesmo os «chapas», carrinhas de nove lugares sempre superlotadas. Não admira que andem sempre à procura de boleia.

As mulheres, também elas muitas vezes mal alimentadas, carregam tudo às costas e à cabeça. Os filhos, o pote de água, o molho de lenha. Trabalham na machamba, a semear o que a terra dará para comer, se a chuva ajudar. Quantas nunca viram uma agulha ou uma linha para coser a roupa. Muito menos a máquina de costura. Usam a capulana que é um pano que serve para tudo, até para guardar o dinheiro.

Maputo, a capital, onde há muitas diferenças sociais, vive mais de um milhão de pessoas, em 347 quilómetros quadrados. Casas luxuosas, com guardas armados, arame farpado e electrificado, mas ao virar da esquina muito lixo amontoado, muita pobreza, pessoas que vendem artesanato na rua para ganhar a vida.

O missionário da Consolata, padre Artur Marques, que vive há muitos anos em Moçambique e conhece muito bem o país, afirma que já foi muito pior. Nota-se a reconstrução e reabilitação das estruturas da cidade.

Moçambique depende muito da ajuda internacional, mas só cinco a sete por cento do valor dessa ajuda, chega ao seu destino. Apesar de todas as dificuldades, alegria e boa disposição é o que não falta ao povo moçambicano. Ainda conseguem cantar depois de seis horas seguidas sentadas na parte de traz de uma carrinha de caixa aberta.
Autor: Ana Paula

domingo, 10 de abril de 2011

MENÇÃO HONROSA A CURTA-METRAGEM FLAUTA PARTIDA


classificações dos festivais

2011 - EScurtas / Monsenhor Américo

Festivais 2011 - EScurtas / Monsenhor Américo
Festivais escutistas de curtas-metragens e música realizam-se pela primeira vez em conjunto.
Pela primeira vez na história dos festivais escutistas, o EScurtas – Festival de Curtas Metragens e o Festival Monsenhor Américo, nas suas 4ª e 12ª edições, respectivamente, foram realizados conjuntamente. Aconteceu ontem dia 9 de Abril, no Auditório Vita - Braga, sob o tema “Madre Teresa de Calcutá: O que não se dá, perde-se”.
O evento começou pelas 9h, com algumas palavras do Arcebispo Dom Jorge Ortiga, seguindo-se depois o EScurtas, onde se assistiu a onze curtas-metragens até à hora de almoço. Da parte da tarde realizou-se O Festival Monsenhor Américo, onde oito grupos escutistas apresentaram as suas músicas.

Este ano, para além da inovação da junção dos dois festivais, houve outras novidades: a transmissão online integral e a actuação do grupo de dança da Escola AECA (associação, educação, cultura e artes).

O evento, por onde passaram mais de meio milhar de escuteiros, terminou pelas 18h e teve os seguintes vencedores:

EScurtas – Festival Escutista de Curtas Metragens

Melhor Curta - Dhurata e Duarve! (Agr. 1044 Tabuaças – Vieira do Minho)

Melhor Realização - O que Não se Dá, Perde-se! (Agr. 316 Sande S. Martinho – Guimarães)

Melhor Argumento - Oportunidades Perdidas (Agr. 660 Montariol – Braga)

Melhor Actor Principal - Dia depois do sonho (João do Agr. 418 S. Paio – Vila Verde)

Melhor Actor Secundário - A Corrente ( Leandra de Fátima do Agr. 316 Sande S. Martinho – Guimarães)

Prémio do Público - Dhurata e Duarve! (Agr. 1044 Tabuaças – Vieira do Minho)

Menção Honrosa - Flauta Partida (Núcleos de Fafe e Vieira do Minho)


Festival Monsenhor Américo – Festival da Canção Escutista

1º Classificado - Um dia Serei Capaz de me Dar (Comunidade de Gilwell – Braga)

2º Classificado - Uma Flor do Deus do Amor (Agr. 25 Merlim S. Pedro – Braga)

3º Classificado - Um Pouco da Tua Arte (Agr. 1274 S. Pedro Britelo – Fafe

Melhor Interpretação - Madre Teresa (Agr. 5 Ronfe – Guimarães)

Melhor Letra - A Balança do Amor (Agr.s 208 Ferreiros e 660 Montariol – Braga)

Prémio do Público - Um dia Serei Capaz de me Dar (Comunidade de Gilwell – Braga)

Menção Honrosa - É Preciso Dar Para Receber (Agr. 124 Lousado – Famalicão)

Menção Honrosa (Interacção com o público)- É Preciso Dar Para Receber (Agr. 124 Lousado – Famalicão)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

NÃO IMPORTA A COR

Não importa a cor
Não importa onde
Não importa cumo
Não importa a quem
O que importa é fazer o bem


"Fazer o bem onde houver o bem a fazer"
"Onde houver o bem a fazer, que se faça"

COR

Cor dos sonhos
Cor de um projecto
Cor da esperança
Cor do Mumdo
Cor !!!
Cor!!!
Cor!!!

sábado, 2 de abril de 2011

A

A felicidade
A humildade
A amabilidade
A generusidade
A!!!
A!!!
A!!!


IMPORTA

Importa querer
Importa saber
Importa dar
Importa sentir
Importa!!!!
Importa!!!
Importa!!!

NÃO



Não á fome
Não ao sofrimento
Não a indifernça
Não ao egoísmo
Não!!!!
Não!!!!
Não!!!!

A campanha mãos dadas por Moçambique vai começar com

“Um Abraço a Moçambique”

Em tempos difíceis que se vivem no Mundo e em especial Portugal, não podemos de forma alguma fechar a porta aqueles que sofrem, mesmo que seja num Pais tão longe como Moçambique, não podemos de forma alguma apagar a luz da esperança, aqueles que sofrem em Gurué e precisam da nossa ajuda. Queremos fazer como a Irmã Flora de Moreira de rei que dedicou a sua vida a este povo, queremos como ela, rezar e pedir a Jesus, que nos ajude nesta caminhada de solidariedade para com Gurué, mas ter também presente nas nossas orações todos aqueles que nos ajudem nesta caminhada e projecto.
Todos os dias nos entram pela porta os horrores da Fome, da Guerra do ódio e da miséria, sabemos que não podemos fazer muito, mas temos a certeza que algo podemos fazer com este “Abraço a Moçambique”, espalhando o amor tal como aquela que dedicou a sua vida, aquele povo e onde no final da sua vida quis ficar sepultada entre aqueles que com carinho dizia “Os meus amigos”.
Queremos procurar em nós, entre as pessoas de boa vontade, entre todos aqueles que possam ajudar com um sorriso, que nos possam ajudar a transmitir um sinal e a luz de Deus.
A ajuda de todos, por muito pouco que seja, levará concerteza um sorriso aqueles que em Gurué sofrem, As Irmãs Franciscanas, comunidade das quais fazia parte a Irmã Flora, estão de mãos dadas com os Escuteiros de Fafe e Vieira do Minho neste ambicioso projecto de ajuda a um povo que sofre. Sabemos que somos apenas uma gota de água, um grão de pó nas necessidades daquele povo, mas incrível como as maiores necessidades de um povo que sofre é: Sal, Sabão e muita ajuda na reconstrução de algumas infra-estruturas, durante 2011 vamos com a nossa campanha “Abraço a Moçambique” recolher fundos, para enviar aquele povo de Gurué, depois em 2012 iremos enviar um Grupo de Escuteiros de Fafe e Vieira do Minho a Gurué em Moçambique em Solidariedade, ajudar na reconstrução e ensino daquele povo onde a Irmã Flora se entregou de corpo e alma ao longo da sua vida.

Ajude-nos a ajudar, dê um abraço a Moçambique