História Breve
Irmã Maria Clara do Menino Jesus
Irmã Maria Clara do Menino Jesus
Começa aqui o nosso contar.
É a história de Libânia: 15 de Junho de 1843. Nuno Tomaz de Mascarenhas Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque e D. Maria da Purificação de Sá Carneiro, os pais, na serenidade de uma profunda alegria e grande amor, acolhem o nascimento da menina como dom inestimável.
Nuno e Emília Carolina enriqueciam já a família da Quinta do Bosque, na Amadora. Agora, a pequenina Libânia traz consigo novo enlevo.
É a história de Libânia: 15 de Junho de 1843. Nuno Tomaz de Mascarenhas Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque e D. Maria da Purificação de Sá Carneiro, os pais, na serenidade de uma profunda alegria e grande amor, acolhem o nascimento da menina como dom inestimável.
Nuno e Emília Carolina enriqueciam já a família da Quinta do Bosque, na Amadora. Agora, a pequenina Libânia traz consigo novo enlevo.
Se a ascendência lhe dá nome entre os grandes, mais importante é o de cristã que o Baptismo lhe vai conferir.
Ao colo da madrinha, D. Libânia do Carmo Abranches Ferreira da Cunha, recebe a água lustral pela mão do pároco, Pe. Jerónimo, no dia 02 de Setembro de 1843. Os sinos da Igreja de Nossa Senhora do Amparo, de Benfica, repicam e celebram a entrada de Libânia no seio da Igreja.Serena e harmoniosamente cresce Libânia do Carmo. A casa do Bosque é grande e assiste ao seu despertar para a vida. Tudo é novidade e interesse; e o que fazem os crescidos tem nela perfeita imitação. Ler, contar, as lições de doutrina activam-lhe a curiosidade.
A família vai crescendo. Veio depois a Matilde Henriqueta, o Carlos, o Henrique... E o Ruisinho está para chegar. Com eles mora também - e agora já em Lisboa – o tio João. Será também aí que ela assistirá, em 1855, à sua morte e à do maninho mais pequeno, o Rui.
Ao colo da madrinha, D. Libânia do Carmo Abranches Ferreira da Cunha, recebe a água lustral pela mão do pároco, Pe. Jerónimo, no dia 02 de Setembro de 1843. Os sinos da Igreja de Nossa Senhora do Amparo, de Benfica, repicam e celebram a entrada de Libânia no seio da Igreja.Serena e harmoniosamente cresce Libânia do Carmo. A casa do Bosque é grande e assiste ao seu despertar para a vida. Tudo é novidade e interesse; e o que fazem os crescidos tem nela perfeita imitação. Ler, contar, as lições de doutrina activam-lhe a curiosidade.
A família vai crescendo. Veio depois a Matilde Henriqueta, o Carlos, o Henrique... E o Ruisinho está para chegar. Com eles mora também - e agora já em Lisboa – o tio João. Será também aí que ela assistirá, em 1855, à sua morte e à do maninho mais pequeno, o Rui.
Pedaços de dor semeados no seu adolescente coração. E maior sofrimento o cobrirá, um ano depois, quando doença incurável lhe levar a mãe e, em Dezembro de 1857, a peste lhe arrebatar o pai.
Dois meses antes, havia entrado no Internato do Palácio da Ajuda. A acção das educadoras, as Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, francesas, ajuda-la-á a sarar as feridas e a preparar-se para os altos e baixos da vida. Cinco anos de estudo, reflexão, trabalho e oração cimentam a sua rica personalidade, novamente ferida pela expulsão das Mestras, em 1862.
Dois meses antes, havia entrado no Internato do Palácio da Ajuda. A acção das educadoras, as Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, francesas, ajuda-la-á a sarar as feridas e a preparar-se para os altos e baixos da vida. Cinco anos de estudo, reflexão, trabalho e oração cimentam a sua rica personalidade, novamente ferida pela expulsão das Mestras, em 1862.
Determina-se a aceitar, então, o convite para morar com os Marqueses de Valada, grandes amigos de seus pais. A vida de sociedade, ao lado destes parentes, preenche os seus dias. "A mocidade passada no fausto da opulência, entregue aos frívolos prazeres do mundo" não satisfazem o seu bem formado coração.
É esta inquietude que a conduz ao remanso do Pensionato de S. Patrício, em Lisboa. Aí conhece o Pe. Raimundo dos Anjos Beirão. Abre-lhe a alma e apresenta os problemas... Os conselhos vão-lhe iluminando o caminho, mas não vê fácil segui-lo.
É esta inquietude que a conduz ao remanso do Pensionato de S. Patrício, em Lisboa. Aí conhece o Pe. Raimundo dos Anjos Beirão. Abre-lhe a alma e apresenta os problemas... Os conselhos vão-lhe iluminando o caminho, mas não vê fácil segui-lo.
O mundo social traz-lhe obstáculos; e vencê-los comportará muita coragem.
Rompe com tudo e decide: Consagrar-se-á a Deus e ao serviço dos necessitados. Trocará a vida mundana pelo hábito pobre de serva. Deixará o nome ilustre e será sempre Ir. Maria Clara do Menino Jesus.
Seguirá o Mestre e Senhor que lavou os pés aos apóstolos, acolhendo os pobres e esquecidos, os doentes e os fracos, as crianças e os sós. Funda, para isso, a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Estamos no dia 03 de Maio de 1871.
Rompe com tudo e decide: Consagrar-se-á a Deus e ao serviço dos necessitados. Trocará a vida mundana pelo hábito pobre de serva. Deixará o nome ilustre e será sempre Ir. Maria Clara do Menino Jesus.
Seguirá o Mestre e Senhor que lavou os pés aos apóstolos, acolhendo os pobres e esquecidos, os doentes e os fracos, as crianças e os sós. Funda, para isso, a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Estamos no dia 03 de Maio de 1871.
A nova forma de viver vai atraindo outras seguidoras. São já bastantes. Quer a aprovação de Roma, para este estilo de vida. Expõe o sonho evangélico do seu coração, esboça planos de misericórdia, apresenta intenções de bem fazer.
Que o Santo Padre abençoe os seus propósitos de pobreza e vivência da vida fraterna... Na lentidão das comunicações daquele tempo, a rapidez do Sim papal surpreende os nossos tempos. Feito o pedido em Novembro de 1875, a 27 de Março de 1876, a nova Congregação é já de direito pontifício.
Que o Santo Padre abençoe os seus propósitos de pobreza e vivência da vida fraterna... Na lentidão das comunicações daquele tempo, a rapidez do Sim papal surpreende os nossos tempos. Feito o pedido em Novembro de 1875, a 27 de Março de 1876, a nova Congregação é já de direito pontifício.
Quem de seu nada possui tem de confiar na Providência. Precisamente em situações de extremo, a mão de Deus abre-se dadivosa “a saciar quem n’Ele põe a sua confiança”. Chegada a hora do jantar - diz a Cronista – nada há para comer. A Mãe Clara, com tristeza, diz: "Minhas Irmãs, hoje, Nosso Senhor não nos deu nada com que preparar a ceia". Ninguém ficou perturbado e todas saborearam o bocado de pão seco.
Momentos depois, batem à porta. Uma senhora manda entregar um cesto cheio de várias iguarias.
Momentos depois, batem à porta. Uma senhora manda entregar um cesto cheio de várias iguarias.
Só o coração pobre é disponível para os outros. Atendê-los, cuidar de crianças, amparar velhinhos, tratar doentes, acolher os órfãos é tarefa que não deixa descansar esta Irmã dos pobres. "Possuía um coração todo ternura e bondade, todo compaixão e caridade. Dir-se-ia que estava em contacto íntimo com o coração de Cristo".
A todos dedica o seu tempo, cuidados, favores e economias. Nunca o seu coração dói tanto como quando não pode estender a mão aos que sofrem nem enxugar as lágrimas dos que choram.
A todos dedica o seu tempo, cuidados, favores e economias. Nunca o seu coração dói tanto como quando não pode estender a mão aos que sofrem nem enxugar as lágrimas dos que choram.
neste envio para Angola, em 1883, e depois Índia, Guiné e Cabo Verde, há-de ser tecida abnegadamente por mãos generosas e fiéis.
Os fios da coragem e alegria, da devotação e humanidade, da fé e muito zelo, entrelaçados nos mil perigos e canseiras oferecerão a povos de outros rumos a manta cardada do amor e a tenda do abrigo e da esperança. Vida fecunda no seu dar-se, abrindo fronteiras a toda a caridade, a Ir. Maria Clara avança para uma nova Páscoa.
Os fios da coragem e alegria, da devotação e humanidade, da fé e muito zelo, entrelaçados nos mil perigos e canseiras oferecerão a povos de outros rumos a manta cardada do amor e a tenda do abrigo e da esperança. Vida fecunda no seu dar-se, abrindo fronteiras a toda a caridade, a Ir. Maria Clara avança para uma nova Páscoa.
Apesar da sua extraordinária fortaleza de alma, de toda a vitalidade do espírito, os sinais do fim aproximam-se.
Doença vivida há vários anos agrava-se, agora, sem recuperação. Uma lesão cardíaca, acumulada de congestão pulmonar, arrebata-a da terra. É o dia 01 de Dezembro de 1899. À dor das Irmãs junta-se a dos seus pobres e amigos. Durou três dias a devota peregrinação de fiéis. Querem ver, pela última vez, essa mulher extremamente caritativa... e suplicar-lhe que, lá do céu, vele por nós.
Doença vivida há vários anos agrava-se, agora, sem recuperação. Uma lesão cardíaca, acumulada de congestão pulmonar, arrebata-a da terra. É o dia 01 de Dezembro de 1899. À dor das Irmãs junta-se a dos seus pobres e amigos. Durou três dias a devota peregrinação de fiéis. Querem ver, pela última vez, essa mulher extremamente caritativa... e suplicar-lhe que, lá do céu, vele por nós.
Vida transformada, a gerar viVida transformada, a gerar vida noutras vidas. Grão de trigo, a dar fruto pela força do Espírito. Seiva interior, a pulsar generosidade nos que seguem o seu ideal... Pegadas profundas do viver da Mãe Clara fazem hoje caminho para muitos, continuando a sua acção.
E, quantos mais obreiros no seu seguimento, mais este mundo será feliz, pela bênção do Evangelho, vivido e anunciado.da noutras vidas. Grão de trigo, a dar fruto pela força do Espírito. Seiva interior, a pulsar generosidade nos que seguem o seu ideal... Pegadas profundas do viver da Mãe Clara fazem hoje caminho para muitos, continuando a sua acção.
E, quantos mais obreiros no seu seguimento, mais este mundo será feliz, pela bênção do Evangelho, vivido e anunciado.
E, quantos mais obreiros no seu seguimento, mais este mundo será feliz, pela bênção do Evangelho, vivido e anunciado.da noutras vidas. Grão de trigo, a dar fruto pela força do Espírito. Seiva interior, a pulsar generosidade nos que seguem o seu ideal... Pegadas profundas do viver da Mãe Clara fazem hoje caminho para muitos, continuando a sua acção.
E, quantos mais obreiros no seu seguimento, mais este mundo será feliz, pela bênção do Evangelho, vivido e anunciado.
Secretariado Madre Maria Clara do Menino Jesus
Propriedade da CONFHIC
Rua Madre Maria Clara, 1 • Linda-a- Pastora
2790-379 QUEIJAS • Portugal
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