História Breve
Irmã Maria Clara do Menino Jesus
Irmã Maria Clara do Menino Jesus

É a história de Libânia: 15 de Junho de 1843. Nuno Tomaz de Mascarenhas Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque e D. Maria da Purificação de Sá Carneiro, os pais, na serenidade de uma profunda alegria e grande amor, acolhem o nascimento da menina como dom inestimável.
Nuno e Emília Carolina enriqueciam já a família da Quinta do Bosque, na Amadora. Agora, a pequenina Libânia traz consigo novo enlevo.

Ao colo da madrinha, D. Libânia do Carmo Abranches Ferreira da Cunha, recebe a água lustral pela mão do pároco, Pe. Jerónimo, no dia 02 de Setembro de 1843. Os sinos da Igreja de Nossa Senhora do Amparo, de Benfica, repicam e celebram a entrada de Libânia no seio da Igreja.

A família vai crescendo. Veio depois a Matilde Henriqueta, o Carlos, o Henrique... E o Ruisinho está para chegar. Com eles mora também - e agora já em Lisboa – o tio João. Será também aí que ela assistirá, em 1855, à sua morte e à do maninho mais pequeno, o Rui.

Dois meses antes, havia entrado no Internato do Palácio da Ajuda. A acção das educadoras, as Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, francesas, ajuda-la-á a sarar as feridas e a preparar-se para os altos e baixos da vida. Cinco anos de estudo, reflexão, trabalho e oração cimentam a sua rica personalidade, novamente ferida pela expulsão das Mestras, em 1862.

É esta inquietude que a conduz ao remanso do Pensionato de S. Patrício, em Lisboa. Aí conhece o Pe. Raimundo dos Anjos Beirão. Abre-lhe a alma e apresenta os problemas... Os conselhos vão-lhe iluminando o caminho, mas não vê fácil segui-lo.

Rompe com tudo e decide: Consagrar-se-á a Deus e ao serviço dos necessitados. Trocará a vida mundana pelo hábito pobre de serva. Deixará o nome ilustre e será sempre Ir. Maria Clara do Menino Jesus.
Seguirá o Mestre e Senhor que lavou os pés aos apóstolos, acolhendo os pobres e esquecidos, os doentes e os fracos, as crianças e os sós. Funda, para isso, a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Estamos no dia 03 de Maio de 1871.

Que o Santo Padre abençoe os seus propósitos de pobreza e vivência da vida fraterna... Na lentidão das comunicações daquele tempo, a rapidez do Sim papal surpreende os nossos tempos. Feito o pedido em Novembro de 1875, a 27 de Março de 1876, a nova Congregação é já de direito pontifício.

Momentos depois, batem à porta. Uma senhora manda entregar um cesto cheio de várias iguarias.

A todos dedica o seu tempo, cuidados, favores e economias. Nunca o seu coração dói tanto como quando não pode estender a mão aos que sofrem nem enxugar as lágrimas dos que choram.

Os fios da coragem e alegria, da devotação e humanidade, da fé e muito zelo, entrelaçados nos mil perigos e canseiras oferecerão a povos de outros rumos a manta cardada do amor e a tenda do abrigo e da esperança. Vida fecunda no seu dar-se, abrindo fronteiras a toda a caridade, a Ir. Maria Clara avança para uma nova Páscoa.

Doença vivida há vários anos agrava-se, agora, sem recuperação. Uma lesão cardíaca, acumulada de congestão pulmonar, arrebata-a da terra. É o dia 01 de Dezembro de 1899. À dor das Irmãs junta-se a dos seus pobres e amigos. Durou três dias a devota peregrinação de fiéis. Querem ver, pela última vez, essa mulher extremamente caritativa... e suplicar-lhe que, lá do céu, vele por nós.

E, quantos mais obreiros no seu seguimento, mais este mundo será feliz, pela bênção do Evangelho, vivido e anunciado.da noutras vidas. Grão de trigo, a dar fruto pela força do Espírito. Seiva interior, a pulsar generosidade nos que seguem o seu ideal... Pegadas profundas do viver da Mãe Clara fazem hoje caminho para muitos, continuando a sua acção.
E, quantos mais obreiros no seu seguimento, mais este mundo será feliz, pela bênção do Evangelho, vivido e anunciado.
Secretariado Madre Maria Clara do Menino Jesus
Propriedade da CONFHIC
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2790-379 QUEIJAS • Portugal
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