quarta-feira, 27 de outubro de 2010

IRMA FLORA

                                           UM SORRISO QUE ABRAÇA O MUNDO

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A HISTÓRIA

FLAUTA PARTIDA

Já lá vão alguns anos, numa aldeia do interior, um miúdo de 7 anos recebeu de prenda uma flauta de plástico, aquela típica flauta de cor vermelha, das que se compram nas festas e romarias, era de um vermelho vivo que encantou os olhos desse miúdo.
Os sons alegres, mas ao mesmo tempo sem nexo saíam ás vezes até enervando quem os ouvia, mas a felicidade daquele miúdo era completa, no fundo tinha uma Flauta vermelha e era só sua.
Os dias foram passando e o miúdo não largava por nada a Flauta e sempre que podia lá soava as suas melodias, até que um dia o irmão mais velho já farto de ouvir tocar, aqueles sons sem sentido, mas que tanto faziam feliz o miúdo, agarrou-lhe no braço e disputando a flauta partiram-na. A pacatez daquela casa terminou, a felicidade do miúdo acabou, pois a sua flauta vermelha estava partida, aos gritos o miúdo pedia uma outra Flauta e queria-a igual, porque a vermelha estava partida e já não prestava.
Encontrando-se em férias no seio da família uma Freira, irmã Franciscana Flora, tentando acalmar o miúdo perguntou:
            - Então porque estás a chorar?
O miúdo com olhar desconfiado, respondeu.
            - A minha flauta vermelha, está partida, já não presta, quero outra.
Ao que a Irmã Flora respondeu:
            - Achas de verdade que a Flauta não presta por estar partida, olha que ela ainda toca.
            - Não, não presta, já não a quero. - Respondeu o miúdo aos gritos e a chorar.
            - Olha que outros meninos como tu noutros lados gostavam de ter uma Flauta e não têm.
            - Mas esta, está partida já não presta, quero outra.
            - Que achas, podíamos arranjá-la, quem sabe colá-la e ainda podias continuar a tocar.
            - Não, não quero: Gritou o miúdo
            - Está bem já que a não queres, dás-ma? Perguntou a Irmã Flora
O miúdo com olhar ainda mais desconfiado, pensando para com os seus botões, “para que servirá uma flauta partida? Respondeu de pronto”
- Sim pode ficar com ela, porque já não presta.
Então a Irmã Franciscana, com carinho pegou na flauta partida e disse-lhe com um sorriso nos lábios.
            - Sabes, vou arranjar esta, vou colá-la e levá-la para Moçambique, porque os meus meninos lá, não têm, e esta ainda vai fazer um desses meninos muito felizes mesmo que partida, porque ainda poderá tocar nela belas melodias.

“ Aquilo que um dia nos fez feliz, mas porque partida deixa de ter valor, a quem nada tem, mesmo que partida ainda lhe pode dar muita felicidade “


como nasceu a ideia

COMO NASCEU A IDEIA? 2009 SUIÇA.

Quando ainda em actividade em Kandersteg, num daqueles momentos em que os Chefes se juntam para desabafar as mágoas do que está a correr menos bem ou até para expressar um sorriso pelo sucesso, mas para que os jovens não se apercebam, falava o Zé Fernando comigo, contando-me o sonho de algo, baseado na história da tia que tinha sido Freira, como uma passagem real da sua infância. Aquela mágoa de um final de dia menos conseguido, passou e não tínhamos na ideia outra coisa que não fosse partilhar o sonho com aqueles 18 Jovens e 2 Dirigentes que nos acompanhavam.